segunda-feira, 18 de março de 2013

Troféus

Ontem, quando arrumava umas coisas, vi algumas medalhas "antigas", não resisti à tentação de as juntar às mais recentes e fazer esta foto para guardar de recordação. Tem valido a pena! Obrigado a todos os que me ajudaram a conquistar os troféus aqui representados!
 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Clinic Internacional - Holanda

Foi com enorme orgulho e satisfação que recebi este convite para participar como prelector neste clinic. Tentarei que seja proveitoso para todos. Posteriormente colocarei aqui alguns conteúdos das matérias que a mim me correspondem abordar.
 


segunda-feira, 4 de março de 2013

Em Barcelona com Xavier Pascual Fuertes

Estar entre os melhores é difícil mas que nos abram as portas de casa como hoje fez o treinador de uma das melhores equipas do mundo pode ser ainda mais difícil. Foi uma manhã a falar do jogo e do treino onde a troca de ideias sem jogar às escondidas marcou a reunião. Fiquei mais uma vez rendido à evidencia, os melhores são melhores porque se dedicam mais que os outros, porque procuram mais que os outros as verdades que dão sentido às nossas decisões.

Muito obrigado Pasqui!
Gràcies molt!


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013-14...




Desejo-vos um excelente ano de 2013-14...

Nos novos anos é preciso passar bem a bola mas sobretudo valores que sirvam a todos e que acrescentem algo na vida dos demais. É importante receber bem a bola mas mais importante é saber receber a crítica quando oportuna e sobretudo quando injusta. É decisivo correr pelo sítio certo sem desvios e perante o engano se houver, não se esqueçam de ter o mapa sempre à mão, aquele mapa que por vezes nos esquecemos de transportar e deve andar sempre junto à nossa consciência. Defender com eficácia é obrigatório da mesma forma que devemos defender os nossos direitos, sem nunca nos esquecermos que a obrigação antecede sempre e em todos os casos qualquer direito. Roubemos a bola mas nunca em nenhuma circunstancia podemos roubar os sonhos de quem quer que seja. Procuremos mesmo ajudar os que nos rodeiam a descobrir com clareza que o sonho deve ser apenas um rastilho. Rematem bem sobretudo para finalizar mal entendidos ou amuos que normalmente são uma perda de tempo e um gasto de energia desnecessário. Assumamos erros com a humildade necessária para continuarmos a aprender. VIVAMOS COMO SE FOSSEMOS MORRER AMANHÃ E APRENDAMOS COMO SE FOSSEMOS VIVER PARA SEMPRE!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

1º de Agosto - Taça dos Clubes Campeões - Tanger 2012

 

Boa tarde amigas e amigos,

Neste momento faz perto de 4 anos que estou em Angola, foi um percurso longo e cansativo mas cá estou eu ainda a escrever desde Luanda antes da minha partida.
Acabou ontem a taça dos clubes campeões Africanos. Vencemos 7 jogos em 8 dias, o penúltimo (meia final) ao Abo-sport do Congo Brazaville por 7 golos e não ganhamos ao Petro de Luanda a Final tendo perdido por 29-23. Se ganhassemos iriamos evitar a 16ª vitória consecutiva do Petro que venceu justamente esta competição. Ganhavamos ao intervalo 11-10 e 10 minutos fatais no início da 2ª parte (parcial de 6-0) determinaram o desfecho final. Foi duro pelo que trabalhamos e pela expectativa que criamos em derrubar o que parece estar sempre pré-estabelecido. Desta experiência (mais uma) fica por um lado uma recordação de tristeza pela derrota, tendo em conta a expectativa que criamos, e por outro uma sensação de missão cumprida quanto à generosidade que sempre procurei ter no desenvolvimento do meu trabalho. Quem passou num balneário, conheçe o ambiente no sucesso e no fracasso. Neste caso foi duro, mas guardarei para sempre a reacção das minhas queridas atletas quando proferi algumas palavras após o jogo, o suficiente para entendermos o que nos vai na alma. Nem tudo está bem como em qualquer âmbito da vida, mas serei sempre um fã destas mulheres que conseguiram um lugar de destaque na sua difícil sociedade e levam longe o nome do seu País surpreendendo quem as contempla. Ainda antes do jogo da final, tive oportunidade de lhes agradecer pelos momentos que passamos juntos e por tudo aquilo que lutamos.
Para elas a minha vénia!
Uma palavra de apreço para todas as atletas jovens com quem trabalhei, foram elas muitas vezes um factor extremo de motivação para trabalhar mais e melhor. Sempre me fizeram sentir nessa obrigação. Se o dia me estivesse a correr mal tudo mudava quando as via. Recordo também que tivemos o prazer de vencer o campeonato Nacional Junior em Janeiro de 2012.
À direcção do Clube Desportivo 1º de Agosto, sobretudo ao Sr. General Carlos Hendrick (Presidente) ao Sr. José De Sousa (Director do departamento de Andebol) ao Sr. António Dias (chefe de delegação a Marrocos) e ao Sr. Fernando Barbosa (director geral) deixo também o meu agradecimento por terem acreditado que poderia ajudar a modificar a história do Andebol em Angola e do clube em particular tendo em conta a hegemonia crónica do Petro de Luanda durante cerca de duas décadas. De facto conseguimos vencer o campeonato nacional em 2011 e dois campeonatos provinciais 2010 (1º título do clube) e 2012. Relembro que o 1º jogo que o Clube Desportivo 1º de agosto ganhou ao Petro foi justamente em 2010.
À direcção da Federação Angolana de Andebol, deixo o meu agradecimento pela oportunidade que me concedeu em trabalhar com atletas de eleição como são as jogadoras de Andebol Angolanas. Felizmente cumprimos todos os objectivos que nos foram propostos, vitórias no campeonato Africano de Selecções Junior (Costa do Marfim 2009) e sénior (Egipto 2010) e passar ao main round do campeonato do mundo – 11º lugar (China 2009).

Não poderia esqueçer pessoas que de alguma forma mais ou menos perceptivel combateram ao meu lado, a todos eles o meu forte agradecimento, Nelson Catito que tanto me ajudou ao longo de todo o caminho, Beto Ferreira, Palmira Barbosa, Pedro Pinto, Vitor Tolda, Pedro Barny, João Oliveira, Quinteiro Gilberto Teresa, Rui Conceição, Miguel Adão, Helder Serja (director de instalações) António Catraio, Marco Arraya, António Costa, Vilma Lourenço, Etelvina Mateus, Agostinho, Teresa Joaquim, Justina Praça, Bebiana Sabino, Ana Seabra, Laura Craciun, Luísa Roque, Nádia Cruz, todos os funcionários dos complexos desportivos do Miramar (especialmente o Veríssimo) e do RI20, todas as pessoas do restaurante Veneza em Luanda(especialmente o Tunga, a Alice e a Morena) e muitos outros que desde já peço desculpa não referir porque a lista seria imensa. Agradeço aos meus amigos incondicionais que à distância estiveram sempre perto. Aos meus pais que sempre apoiaram as minhas decisões, o meu muito obrigado por se preocuparem comigo mesmo tendo 47 anos. Agradeço aos meus filhos por confiarem que sou o melhor treinador do mundo. Como estão a crescer sem eu dar por isso não sei durante quanto tempo mais irei gozar deste estatuto. Por fim a minha esposa Montserrat, que me ajuda a focar nas coisas importantes, consegue ter paciencia para estar à minha espera e é claramente para mim uma forte inspiração para continuar a traçar o caminho que acho que devo percorrer.

Podem todos contar comigo, nunca irei desistir!  

sábado, 18 de agosto de 2012

Defesa adaptativa 20 (Última parte)


Conclusão
Com este conjunto de exercícios de maior ou menor complexidade, podemos abordar todos os sistemas defensivos. São trabalhos que podem ser utilizados em todos os escalões de competição, desde que já existam condições mínimas de realização técnica e táctica ao nível das competências básicas defensivas, nomeadamente, posição de base, deslocamentos, conceito de cobertura e ajuda bem como o deslizamento e a troca de marcação. Em etapas de iniciação, embora o jogo reduzido em espaço amplo seja a base também para aprender a defender, poderemos recorrer aos exercícios apresentados com menor número de elementos manipulando variáveis como o espaço ou o tempo e também regras tais como a impossibilidade de cometer falta exacerbando comportamentos associados à dissuasão, intercepção ou obstrução de trajectórias. Em etapas de aperfeiçoamento e especialização, para além dos exercícios de 2X2 para a consolidação de detalhes individuais e de grupo, como a marcação em proximidade ou tomadas de decisão que resultem em troca ou deslizamento, devem ser incrementados trabalhos com maior número de elementos para elevar a complexidade do trabalho. Elevar a complexidade, significa treinar para jogar. Objectivos como: orientar para obter o melhor campo visual, impedir circulação cómoda de jogadores, oferecer zonas desfavoráveis e fechar espaços úteis aos atacantes, relacionar-se com defensores pares ou ímpares (alinhar/escalonar), actuar sobre o portador ou sobre a circulação da bola, fintar, entre outros, são tudo propósitos a ter em conta. Este comportamento técnico-táctico, quando aplicado de forma adequada no tempo e na forma, conduz à resolução de problemas com a antecipação necessária exigida para se obter rendimentos defensivos de excelência.

Com a aplicação de um programa de trabalho defensivo com estas características, podemos desenvolver as ferramentas indispensáveis para obter defensores que actuam tomando decisões. É certo que as regras são necessárias e decisivas para um bom funcionamento defensivo, no entanto, um bom defensor deve ter a capacidade de manipular elementos que possam alterar de forma consecutiva e imprevisível essas regras, transformando-as noutras conhecidas pelos seus pares mas ambíguas para os oponentes. Na actualidade, defensores que somente observam e reagem em função do contexto, são defensores que não exploram na plenitude a sua missão no jogo, ou seja, conquistar a posse da bola elevando ao máximo as possibilidades de impedir o golo.   

sábado, 11 de agosto de 2012

Defesa adaptativa 19

 Fig.25


Se considerarmos agora um sistema defensivo 6:0, podem ser executadas acções como as que foram apresentadas no exemplo da figura 22, sobretudo se pretendemos sistemas defensivos activos na sua essência, contrastando com formatos 6:0 utilizados no passado com defensores pouco móveis, de grande envergadura em que a baixa profundidade do sistema e a colaboração estanque com o Guarda-redes era a base do seu funcionamento. Uma defesa activa, sobretudo sobre a circulação de bola, implica que os defensores estejam predispostos para defender em espaço amplo e ao mesmo tempo proteger zonas aclaradas que resultam das acções em profundidade. No primeiro caso da figura 25 pode-se observar uma dissuasão par pelo defensor central seguida de uma desmarcação do pivot para a zona aclarada. No segundo exemplo da mesma figura pode observar-se, uma dissuasão ímpar efectuada pelo defensor lateral. Neste caso, o passe não contíguo entre os laterais (necessariamente parabólico) provocou uma alteração de par entre o defensor central e o lateral, transformando o sistema 6:0 num sistema 5:1 temporário. No primeiro caso para além do 5:1 temporário criado, quando se restabelece o sistema 6:0, o defensor central que efectuou a dissuasão, poderá trocar de posição com o outro defensor central. Esta flexibilidade na configuração dos sistemas deve ser uma constante em que apenas é conhecido o ponto de partida.
Mais exemplos poderiam ser referidos, mas ficam à disposição da imaginação do leitor outras possibilidades dentro da imensa variedade de soluções que este comportamento defensivo sugere.  

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Bojana Popovic



     
        Recuperou uma bola perdida quando faltavam 8'' para o fim do jogo que dava acesso à meia final dos JO de Londres 2012. Ainda no chão, assistiu uma companheira bem posicionada que sofreu um livre de 7m. O golo que daí saiu colocou Montenegro na meia final.
     Naquele momento só me ocorreu pensar que a glória não está ao alcance de todos. Só devia ser entregue a quem definitivamente a merece. Se Bojana não lutasse por aquela bola que irremediavelmente daria um contra-ataque Francês, seria impossível o desfecho final, a vitoria de Montenegro. Ela acreditou que seria capaz. Exausta e após 59 minutos e 52 segundos de jogo, lutou com a força que ainda lhe restava e mudou o rumo daquilo que parecia ter outra história. Esta capacidade a que alguns chamam sorte, não está mesmo ao alcance de todos. Ganhar só merecem aqueles que fazem história e sobretudo os que a mudam. Sentem que é deles que depende essa mudança e de mais ninguém. O resto é sacrifício, para conseguirem chegar onde os que acreditam neles esperam que cheguem e coragem para assumir erros e continuar.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Defesa adaptativa 18

Fig. 24


A figura 24 apresenta uma alternativa possível de dissuasão dupla decorrente da tomada de decisão do defensor avançado seguida da acção do defensor lateral distante da bola, que ganha profundidade com o objectivo de interferir na comunicação entre o Extremo direito e o Central ou Lateral esquerdo. O defensor central pode ter que trocar de par com o defensor lateral no caso de existir uma tentativa de intercepção ao central. Temporariamente o sistema adquire características de um sistema defensivo 4:2. 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Diploma de honra "Cidade de Luanda"


Ontem tive uma agradável surpresa. Fica o meu agradecimento ao Governo provincial de Luanda pela entrega deste diploma que muito me orgulha!

domingo, 22 de julho de 2012

Defesa adaptativa 17



Ainda relacionado com o sistema defensivo 5:1, podemos observar na figura 23 um exemplo de dissuasão ímpar que implica a adaptação imediata dos jogadores da 1ª linha defensiva. No primeiro caso, verifica-se uma alteração do par entre o defensor avançado e o defensor lateral e no segundo caso a troca ocorre entre o defensor avançado e o central. A colocação do pivot determina a atribuição do par.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Defesa adaptativa 16

Fig.21

Na mesma lógica, outros exercícios podem ser considerados no sentido de aumentar o espaço de jogo atribuído aos defensores. A figura 21 exemplifica um trabalho em espaço amplo associado a sistemas defensivos com características de 4:2 e 3:3. A adaptação dos defensores da 1ª linha defensiva deve ser imediata. O aparecimento de estímulos de ambos os lados do terreno de jogo, implica que a orientação para beneficiar de um campo visual óptimo seja perfeita.

Fig.22


Serão apresentados alguns exemplos onde se podem observar possíveis transferências para o jogo. Como se pode observar na figura 22, o defensor lateral pode actuar sobre o portador mantendo-se próximo da linha de 6 metros alinhado com o defensor central (marcação à distância) ou aumentar a profundidade alinhando com o defensor avançado (marcação em proximidade). O defensor lateral pode também actuar sobre a circulação da bola dissuadindo o passe ao central. Este comportamentos táctico defensivo quando ocorre de forma variada e imprevisível assegura um aumento de dificuldade para os atacantes. 

sábado, 14 de julho de 2012

3º Congresso internacional da Handball project


Foi com muito prazer que estive no 3º congresso da Handball project onde pude (para além de rever velhos amigos) desenvolver o tema "preparar para jogar em contexto instável" . Após uma abordagem teorica no auditório do Instituto Superior da Maia (ISMAI) que é uma casa onde vivi alguns anos como docente com muito entusiasmo e compromisso, procedemos à exploração prática do tema com a ajuda da equipa junior masculina do ISMAI. Neste congresso estiveram também presentes José Julio Espina (presidente da associação de treinadores de Espanha - AEBM) Oscar Gutierres e Paulo Queirós. Agradeço o convite que a organização do Handball project me endereçou e aproveito para dizer que ao fim de alguns anos de ausência, me senti muito bem junto de atletas e treinadores que continuam a acreditar que o Andebol é possível!
Forte abraço!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Defesa adaptativa 15

Fig.19

  Fig.20

 
À imagem do que sucedeu em exercícios anteriores, pode ser dada a opção ao defensor que entra em jogo para actuar próximo da linha de 6 metros funcionando como um defensor lateral num sistema defensivo 6:0. Do mesmo modo, este exemplo pode ser ampliado para um trabalho de 5X5 ou mesmo de 6X6 em que os pares pivot /defensor saem de zonas distintas do campo (mais aplicável a sistemas 5:1 ou 3:2:1) como podemos observar na figura 19.
O trabalho defensivo relacionado com a circulação de extremos a 2º pivot sem transformação do sistema ofensivo, pode ser efectuado da forma que se apresenta na figura 20. Os pares defensor exterior/pivot (extremo direito) entram (esquerda) em simultâneo com o defensor avançado (direita) que escolhe como par o lateral esquerdo ou o central. O defensor exterior pode defender próximo da linha ou marcar em proximidade o Lateral direito, evoluindo assim para um sistema defensivo 4:2.
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quinta-feira, 12 de julho de 2012

2012 EHF Men`s European championship Turkey



Não pude ver nenhum jogo da selecção nesta competição, mas sinto-me orgulhoso e ao mesmo tempo com um sentimento de tristeza pela forma como fomos afastados. Não podemos esquecer que estamos a combater com as melhores selecções do mundo e perdemos a possibilidade de disputar a meia-final por um golo apenas. Foi pena o dia mau contra a Espanha. Parabéns à equipa técnica atletas e dirigentes por mais uma participação que só engrandece o nome de Portugal! Boa sorte para o resto da competição e para o futuro!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Defesa adaptativa 14

Fig. 17


Fig. 18

Como existem poucos pontos de apoio, os pivots devem estar disponíveis para sair em ajuda à primeira linha, como se pode observar na figura 17.
Enquanto na figura 17 se mostra o trabalho do pivot próximo do portador da bola, na figura 18 podemos observar o apoio do pivot distante do portador da bola. O pivot que fica próximo da linha de 6 metros deve equilibrar, procurando espaços aclarados na zona libertada pelo pivot que saiu em ajuda à primeira linha. No primeiro caso, o pivot distante apoia o lateral direito e no segundo caso o lateral esquerdo que procura desmarcar após passe. Esta sequência de acções pode ser trabalhada somente pelos pivots próximos do portador da bola, pelos pivots distantes ou em simultâneo numa fase posterior.
Neste exercício, acções defensivas como o controlo do par, a obstrução de trajectórias favoráveis e cómodas, bem como trocas de marcação ou deslizamentos utilizados com oportunidade são fundamentais para a resolução de problemas.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Defesa adaptativa 13

fig.15

Fig. 16

Actualmente, o jogo ofensivo em transformação é constante, sobretudo quando o ataque se desenvolve contra sistemas defensivos com duas ou mais linhas. A figura 15 mostra uma possibilidade de trabalho similar às anteriores, contemplando agora o jogo com dois pivots.

A figura 15 mostra o pivot longe da entrada dos pares defensor/pivot. Neste caso, o pivot deve conservar a sua posição após a integração do segundo pivot, ou deslocar-se para o exterior provocando alteração dos pares (fig.16). Se o pivot que se integra invadir o espaço do pivot já existente, este deve equilibrar deslocando-se para o lado oposto.  

domingo, 17 de junho de 2012

Campeonato de Angola 2012


Desta vez não foi possível vencer!
Sabia que seria muito difícil preparar a equipa "sem a equipa", já que, 6 atletas estavam ao serviço da selecção num estágio algures na Áustria que também acabou por ser na Hungria... Planifiquei tendo em conta que iria receber as atletas 10 dias antes do início do campeonato. Algumas atletas foram pouco utilizadas nos jogos (4 jogos apenas...) e proibidas de trabalhar por conta própria. Dos trabalhos efectuados na selecção nada sabemos, ou seja, estávamos a trabalhar com muita incerteza acerca do estado em que receberíamos as atletas. Para quem não sabe, o actual seleccionador nacional é o treinador do Petro de Luanda... Sempre tive atletas na selecção (ainda bem...) e a experiência diz-me que não é fácil regressarem às rotinas do clube. Para além deste factor fundamental, outros houve que impediram que conseguíssemos desenvolver o nível de jogo apresentado um ano antes. Preparar e jogar este campeonato, foi a mesma coisa que tentar voar num espaço fechado.
Foi uma pena, aceitamos a realidade só por ser a realidade, mas não nos resignaremos!
Forte abraço!   

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Defesa adaptativa 12

Fig. 14

A inter-adaptação, torna-se ainda mais evidente se os defensores perante o mesmo contexto de jogo, actuarem de forma diferenciada, nomeadamente utilizando fintas defensivas (acções falsas), ou alinhando/escalonando em circunstâncias idênticas (tendo em conta a posição do pivot e da bola) alterando a configuração relacional sobretudo com defensores contíguos mas também com defensores não contíguos (fig.14).
O exemplo anterior mostra no primeiro caso uma acção a partir de um formato defensivo 6:0, em que o par do lateral esquerdo avança para além dos 9 metros com o objectivo de o marcar em proximidade. Considerando um sistema de jogo reduzido, o sistema 3:0 transformou-se em 2:1. O mesmo se verifica no segundo caso com a passagem do formato defensivo 2:1 para 1:2. À imagem do que sucedeu em exemplos anteriores, estes exercícios podem ser ampliados com a utilização de um maior número de intervenientes.

domingo, 29 de abril de 2012

Parabéns campeões!

Vejo muitas caras conhecidas o que para mim é um orgulho. Parabéns à equipa técnica atletas e dirigentes que mais uma vez conseguiram fazer com que pareça fácil ser campeão!

Grande abraço a todos!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Defesa adaptativa 11

Fig.13

Na figura 13 apresenta-se os diferentes tipos de adaptação decorrentes da tomada de decisão dos defensores. No primeiro caso, verifica-se uma adaptação na mesma linha defensiva e no segundo, uma adaptação entre diferentes linhas defensivas. Em ambos os casos, os pares mantêm-se, contudo existe uma clara alteração dos espaços úteis de jogo e consequentemente do comportamento defensivo. No segundo caso, poderá existir alteração dos pares no caso do defensor avançado se posicionar próximo do lateral esquerdo.  

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Defesa adaptativa 10

          Como se observa na figura 12, o exercício pode ser ampliado para uma situação de 4X4 com a introdução do extremo esquerdo e do defensor exterior ou de 5X5 com a introdução também do Lateral direito e de um defensor lateral (5:1) que por vezes pode ser central (6:0). O primeiro dos 3 passes obrigatórios (antes de que se inicie o ataque) pode ser efectuado também para o extremo no sentido de variar também a proveniência da bola, ou seja, mais uma variável que surge para aumentar a complexidade do exercício (adaptação da orientação e alteração dos pares).

Fig. 12

Em todos os exercícios anteriores, percebemos uma inter-adaptação dos defensores em função do contexto de jogo. Em determinados casos observa-se uma adaptação na mesma linha defensiva (adaptação intra-linha) e em outros, uma adaptação entre diferentes linhas defensivas (adaptação inter-linha). Neste padrão de raciocínio, se para os defensores existe uma ambiguidade permanente, o mesmo se verifica também para os atacantes. Resta saber se o trabalho defensivo contínuo estruturado num programa com estas características, favorece a aquisição de competências defensivas eficazes na luta contínua pela obtenção de resultados de excelência.

Sporting C.P. vencedor da taça de portugal

Parabéns aos Dirigentes, atletas e equipa técnica do Sporting Club de Portugal pela conquista deste troféu. Um especial cumprimento ao Krajac e ao Hugo Figueira (pela eficácia demostrada). Para mim foi um prazer ter trabalhado com ambos no F.C.Porto. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

A Dynamic Warm-up Model Increases Quadriceps Strength and Hamstring Flexibility

Este artigo está relacionado com o trabalho do Amílcar Rocha acerca do Aquecimento. Se quiserem saber mais podem seguir o link mencionado no final do "abstract".



Journal of Strength & Conditioning Research:   
April 2012 - Volume 26 - Issue 4 - p 1130–1141
doi: 10.1519/JSC.0b013e31822e58b6
Original Research

Aguilar, Alain J.1; DiStefano, Lindsay J.2; Brown, Cathleen N.3; Herman, Daniel C.4; Guskiewicz, Kevin M.1; Padua, Darin A.1

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Abstract

Abstract: Aguilar, AJ, DiStefano, LJ, Brown, CN, Herman, DC, Guskiewicz, KM, and Padua, DA. A dynamic warm-up model increases quadriceps strength and hamstring flexibility. J Strength Cond Res 26(4): 1130–1141, 2012—Research suggests that static stretching can negatively influence muscle strength and power and may result in decreased functional performance. The dynamic warm-up (DWU) is a common alternative to static stretching before physical activity, but there is limited research investigating the effects of a DWU. The purpose of this study was to compare the acute effects of a DWU and static stretching warm-up (SWU) on muscle flexibility, strength, and vertical jump using a randomized controlled trial design. Forty-five volunteers were randomly assigned into a control (CON), SWU, or DWU group. All participants rode a stationary bicycle for 5 minutes and completed a 10-minute warm-up protocol. During this protocol, the DWU group performed dynamic stretching and running, the SWU group performed static stretching, and the CON group rested. Dependent variables were measured immediately before and after the warm-up protocol. A digital inclinometer measured flexibility (degrees) for the hamstrings, quadriceps, and hip flexor muscles. An isokinetic dynamometer measured concentric and eccentric peak torque (N·m/kg) for the hamstrings and quadriceps. A force plate was used to measure vertical jump height (meters) and power (watts). In the DWU group, there was a significant increase in hamstring flexibility (pretest: 26.4 ± 13.5°, posttest: 16.9 ± 9.4°; p < .0001) and eccentric quadriceps peak torque (pretest: 2.49 ± 0.83 N·m/kg, posttest: 2.78 ± 0.69 N·m/kg; p = 0.04). The CON and SWU did not significantly affect any flexibility, strength, or vertical jump measures (p > 0.05). The DWU significantly improved eccentric quadriceps strength and hamstrings flexibility, whereas the SWU did not facilitate any positive or negative changes in muscle flexibility, strength, power, or vertical jump. Therefore, the DWU may be a better preactivity warm-up choice than an SWU.

© 2012 National Strength and Conditioning Association

http://journals.lww.com/nsca-jscr/Abstract/2012/04000/A_Dynamic_Warm_up_Model_Increases_Quadriceps.33.aspx

terça-feira, 27 de março de 2012

Defesa adaptativa 9

Fig. 11


Da mesma forma, se os pares pivot /defensor saírem da esquerda (fig.11), os defensores próximos da linha de 6 metros alternam o posto específico e consequentemente o comportamento defensivo. Como já antes foi referido, cada repetição é diferente da anterior obrigando a que a solução para os problemas seja também diferente, conservando no entanto um tronco comum de conteúdos tácticos a aplicar com oportunidade e constância.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Defesa adaptativa 8

Fig. 10

Mantendo a matriz dos exercícios anteriores, podemos observar na figura 10, grupos de defensores que actuam de forma diferenciada no que respeita ao posto específico. Se o defensor que entra em jogo se deslocar para a linha de 6 metros, o defensor contíguo e seguinte actuarão como defensores centrais num sistema defensivo 6:0. Por outro lado, se o defensor marcar em proximidade o Lateral esquerdo ou o central, os defensores que se situam na linha de 6 metros corresponderão ao lateral e central de um sistema defensivo 5:1. As formas resolutivas para a defesa nas diferentes circunstâncias devem estar orientadas pelo modelo de jogo previamente pensado e estruturado. Podem e devem existir diferentes formas de actuação para solucionar problemas, em função das características individuais. Os defensores que entram em jogo, por terem características diferentes, devem optar pela solução que melhor se adapte às suas possibilidades. Um defensor com baixa estatura, provavelmente, deverá optar por trabalhar na 2ª linha defensiva e de forma escalonada com outros defensores privilegiando o deslizamento em detrimento da troca, sobretudo quando tem que combater com pivots ou laterais de elevada estatura. Porém, a solução terá de ser diferente quando se trata de defensores com dificuldades funcionais de mobilidade. Por outro lado existem defensores que podem e devem trabalhar em ambos os contextos. A consequente adaptação dos defensores mais recuados (campo visual mais amplo) deve ser imediata. A observação de indícios relevantes que possam constituir perigo deve ser constante e varia em cada repetição. A situação sistemática de instabilidade implica a rápida atribuição dos pares, bem como a antecipação da acção no que respeita à orientação corporal para dissuadir, interceptar ou obstruir trajectórias (atacantes com e sem bola) em que o campo visual captado e dominado por cada defensor é determinante. Não menos importantes são os detalhes de colaboração relacionados com alinhamentos ou escalonamentos provocados para favorecer o controlo de espaços úteis, bem como formas adequadas de marcação dos pivots em função das suas características antropométricas e tácticas.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Defesa adaptativa 7

fig. 9

Como é perceptível na figura 9, o defensor lateral pode variar a profundidade alterando a configuração relacional entre os defensores. O posicionamento do pivot (que pode ser livre ou condicionado) define também os pares e comportamentos defensivos subsequentes. O defensor central adapta o comportamento em função das decisões tomadas pelo defensor lateral. Como em exemplos anteriores, o exercício inicia após o terceiro passe e pode ter um número máximo de passes (por cada drible desconta-se um passe).

quinta-feira, 15 de março de 2012

Defesa adaptativa 6

Fig.8


À imagem do que sucede no exercício anterior, a figura 8 apresenta um trabalho entre o defensor lateral e o central num formato que varia entre relação escalonada ou alinhada. Este tipo de relação pode ser aplicado a qualquer sistema defensivo sobretudo a formatos aproximados a sistemas 5:1 e 6:0.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Defesa adaptativa 5



Até ao momento só foram dados exemplos de relações defensivas entre defensores centrais, laterais e avançados. O exemplo apresentado na figura 7 mostra um exercício de relação entre o defensor exterior e o defensor lateral. Neste caso, o pivot integra-se na defesa após passe ao Lateral esquerdo. O defensor do exterior pode ter como par o pivot ou o lateral. Se o pivot se posicionar entre os dois defensores, o defensor do exterior pode optar por ter como par o pivot (ganhando vantagem posicional) ou o Lateral esquerdo ganhando antecipadamente profundidade para evitar uma desmarcação favorável ao interior. O defensor lateral adapta o seu comportamento em função do contexto.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Influência do aquecimento e do alongamento estático/activo em tarefas de desempenho anaeróbio em jovens atletas de andebol (última parte). Amílcar Rocha (2011)

Rotinas de aquecimento em situação de jogo
Durante a realização do aquecimento, devemos seguir alguns critérios de ordem fisiológica, não significando uma padronização, já que cada atleta possui o seu estilo de trabalho. Ao longo dos meses e das épocas, algumas adaptações são feitas no sentido de dinamizar o aquecimento e atender possíveis necessidades imediatas da equipa. Normalmente o aquecimento na modalidade realiza-se da seguinte forma:
a)    os atletas entram no pavilhão 40 minutos antes do início do jogo
b)    o aquecimento tem a duração de 25 / 30 minutos
c)    aquecimento específico e padronizado dividido em 3 fases:
1. Inicial: duração, 5 a 7 minutos – corrida em ritmo médio seguido de alongamentos individuais
2. Geral: duração, 7 a 8 minutos – exercícios individuais e em pares com bola
3. Específica: duração, 10 a 12 minutos - exercícios individuais com bola (aquecimento de guarda-redes e finalização por posto específico)
            O aquecimento realizado em jogos normalmente difere pouco de jogo para jogo. Depois da sessão de treino ou da competição, são recomendáveis os alongamentos de tensão passiva, mantendo o alongamento entre 10 a 30 segundos e realizando entre 4 a 6 repetições por grupo ou cadeia muscular. É preferível aumentar o número de repetições do que o tempo de alongamento. Assim, o alongamento constitui uma poderosa forma de drenagem que ajuda a acelerar a recuperação pós-exercício.
Amílcar Rocha (2011). Influência do aquecimento e do alongamento estático/activo em tarefas de desempenho anaeróbio em jovens atletas de andebol. Dissertação de mestrado, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra; Coimbra, Portugal.

terça-feira, 6 de março de 2012

Influência do aquecimento e do alongamento estático/activo em tarefas de desempenho anaeróbio em jovens atletas de andebol (parte II). Amílcar Rocha (2011)

Rotinas de aquecimento em situação de treino
     As rotinas de aquecimento na modalidade de andebol como nas demais modalidades colectivas, são realizadas de acordo com a especificidade do próprio desporto e do esforço a realizar.
     O aquecimento na sessão de treino, deve ser variado para que durante as sessões prevaleça a motivação e prepare os atletas adequadamente para a realização das actividades propostas com eficiência. As fases do aquecimento em situação de treino são semelhantes às realizadas em situação de jogo, havendo variações na forma como são executadas. Se a sessão de treino tiver como objectivo a condição física ou trabalho de ginásio, o aquecimento deverá ser adequado especificamente e dividido por fases:
1. Inicial/Geral: duração, 10 a 15 minutos – corrida em ritmo médio seguido de alongamentos individuais;
2. Geral: duração, 8 a 10 minutos – exercícios individuais para os todos os grupos musculares;
3. Específica: duração, 3 a 5 minutos - exercícios específicos de acordo com a planificação do microciclo de intensidade alta e curta duração.
O aquecimento com uma vertente mais lúdica, é também uma forma de atingir os objectivos, tanto fisiologicamente promovendo as alterações necessárias, como psicologicamente realizando actividades fora do quotidiano comum dos atletas, de uma forma agradável, com pequenos jogos e exercícios recreativos.
     O aquecimento alternativo, também poderá ser uma forma de mudança e quebra de rotinas diárias instaladas, sendo realizado fora do ambiente habitual de treino, com a exercitação de actividades e exercícios formativos ou recreativos fora do pavilhão, proporcionando aos atletas o contacto com o ambiente externo.
     Com base numa hipotética função na prevenção de lesões, os alongamentos estáticos incluem-se normalmente na fase de aquecimento dos desportos colectivos (Wiemann, 2000, adaptado de Moras G 2003).
     Sabendo-se que o alongamento passivo e passivo forçado da musculatura agonista antes da realização de acções técnicas breves (acelerações e mudanças de ritmo) podem afectar negativamente o rendimento, é aconselhável realizar durante o aquecimento alongamentos estáticos breves em tensão activa e alongamentos dinâmicos, deixando os alongamentos em tensão passiva para a fase de recuperação pós-esforço (Wiemann, Klee, 1992; Henning, 1994, adaptado de Moras G.) ou para sessões específicas de alongamento.
     Um programa de alongamentos estáticos intensos antes do treino só pode ser admitido em desportos que para obterem prestações elevadas seja necessário alcançar amplitudes de movimento muito elevadas, como acontece em alguns desportos individuais como a natação no estilo de costas (articulação escápulo-humeral), ou na ginástica artística nas articulações escápulohumeral e coxofemural (Wiemann, Klee, 2000). Nos desportos colectivos é muito difícil a sua justificação porque a maioria das articulações não necessita de amplitudes de movimento excessivamente elevadas (Moras, 2003).
     O alongamento estático em tensão activa, consiste em manter o músculo ou o grupo muscular em contracção antes e durante o alongamento (Esnault, Viel, 2003, adaptado de Moras G.). Este alongamento é recomendado na preparação para o treino e para competição. O seu objectivo não é “alongar muito” o músculo ou o grupo muscular mas sim assegurar a sua protecção.
     Os exercícios de alongamento em tensão activa antes da sessão de treino têm o objectivo de preparar os músculos para esforços intensos muito breves e espaçados (saltos, contactos e lançamentos) e esforços breves de carácter aleatório de alta intensidade (movimentos curtos e bruscos, deslocamentos em contra-ataque, transições defensivas, etc.). Em todos os casos os tempos de alongamento devem ser breves, entre 1 a 6 segundos e somente realizáveis de uma a três repetições por grupo muscular.
     Quanto maior for a exigência de aceleração da articulação menor deverá ser o número de repetições. Respeitar este princípio permitirá não esgotar o potencial dos fusos neuromusculares e alcançar um estado de alerta, de pré-contracção, tal e qual como deve ocorrer na prática desportiva. Neste tipo de alongamentos não é exercida uma adaptação dos tecidos para alongar (o tempo é demasiado breve) mas uma resposta sensomotora ajustada a uma regulação de tensão muscular.

sábado, 3 de março de 2012

Defesa adaptativa 4

Fig. 6a

Fig. 6b


O exercício da figura 6a mostra o pivot e o defensor a saírem da esquerda, no entanto a dificuldade do exercício pode ser aumentada se a entrada em jogo for efectuada de forma alternada da esquerda e da direita como podemos observar na figura (6b).

sexta-feira, 2 de março de 2012

Influência do aquecimento e do alongamento estático/activo em tarefas de desempenho anaeróbio em jovens atletas de andebol (parte I). Amílcar Rocha (2011)


Lembram-se do "Espaço treinador" que pretendi lançar em Agosto de 2011? Hoje recebi este documento que é apenas um resumo acerca do tipo de alongamentos mais apropriado para jogar/treinar. Sei que ninguém é obrigado a partilhar nada do que faz e porque faz e isso deve ser respeitado, mas tendo em conta que recebo aproximadamente 100 visitas diárias, não posso deixar de transcrever este comentário que fiz pouco tempo após a minha proposta:
"Estas são as ideias que pensamos que são boas e afinal não são...
Ainda não houve nenhuma iniciativa da vossa parte! Espero que não nos deixemos envolver pela crise. Se há coisas que um treinador nunca pode deixar de ter são ideias!

Abraço e bom trabalho!

Obrigado Amílcar Rocha por teres aderido à iniciativa. Para mim foi um prazer ter orientado a tua monografia para obtenção da licenciatura!

Do conflito na utilização da tarefa do alongamento no aquecimento


            Apesar de investigação recente que aponta maioritariamente para a desvantagem da utilização de alongamentos estáticos na performance, este debate não é conclusivo, tantas e tão variadas são as manifestações do desempenho desportivo.
            As vantagens da utilização quer dos alongamentos estáticos ou dinâmicos como parte das estratégias de aquecimento mantêm-se actual. O alongamento estático tornou-se tradicionalmente parte integral das rotinas de aquecimento, supostamente como estratégia que contribui para a prevenção de lesões e para melhoria da performance, por outro lado a inclusão de alongamentos dinâmicos parece aproximar-se do entorno ecológico da preparação desportiva.
            Através da revisão da literatura fica patente a falta de concordância sobre a utilidade e implicância da utilização de exercícios estático-activos incluídos nas rotinas de aquecimento sobre a capacidade de desempenho em provas de potência e velocidade. Os resultados contraditórios remetem para a necessidade de realização de mais estudos de forma bem controlada.
Rotinas de aquecimento e alongamento na prática contemporânea do Andebol
            Durante a história, no andebol, como em qualquer outro desporto, o aquecimento sofreu mudanças, adaptações e adequações, sejam elas ao tipo de clima, às temperaturas, à periodização do treino da equipa e principalmente de acordo com a faixa etária.
Segundo Weineck (1999), o aquecimento são todas as medidas que servem para a preparação do desporto (para treino ou competição), visando a obtenção do estado ideal psíquico e físico, a preparação cinética e coordenativa e a prevenção de lesões.
Já o alongamento pode ser definido como um método científico para exercitar a flexibilidade de uma forma simples (Solveborn, 1988), ou ainda, de acordo com Barbanti (1994), uma extensão do músculo além do seu comprimento em repouso.
O aquecimento é um procedimento comum a toda a actividade física cuja estrutura e desenvolvimento depende do tipo de desporto ou exercício que se praticará a seguir, do nível do atleta, das condições ambientais, do tipo e intensidade do esforço posterior (actividade, treino ou competição) (Sánchez, 2004).