Caro Mariano, existem diferenças evidentes que são motivadas pelo poder económico de algumas equipas, o Ciudad Real por exemplo tem um orçamento que ronda os 8000000 de Euros que é realmente astronómico para uma modalidade como o Andebol que também em Espanha tenta competir com outras que geram mais dinheiro. Digo algumas equipas, porque também aqui existem problemas financeiros fruto da descida de rendimento da maioria das promotoras imobiliárias, muito implantadas na sponsorização de equipas de Andebol.
No que se refere ao andebol, percebe-se facilmente uma diferença na velocidade a que se desenvolve o jogo, não só nas situações de transição mas também nas de ataque posicional, já que as equipas possuem habitualmente dois jogadores por posto especifico de semelhante rendimento, o que permite manter um ritmo de jogo elevado durante mais tempo. Este factor faz com que o número de ataques seja maior e consequentemente o número de golos.
Por outro lado, a maioria das equipas utiliza como sistema defensivo base, o sistema 6:0, tendo como sistema alternativo 5:1 com distintas variantes, são disso exemplo, o Barcelona, o Ademar de Leon, o Cai Aragon, o Portland San Antonio e outras. A excepção é o Ciudad Real que normalmente defende 5:1 com variações de profundidade e pequenos detalhes de funcionamento. Em Portugal verifica-se uma maior utilização do sistema defensivo 5:1 como sistema defensivo base.
Em Portugal observam-se ataques mais prolongados na busca de continuidade e provavelmente finaliza-se mais da 2ª linha. Um factor que potencia esta ocorrência é a interpretação da regra de jogo passivo, já que em Espanha os árbitros não permitem ataques demasiado longos. As possibilidades dos jogadores da 1ª linha também são diferentes.
Referi apenas algumas diferenças, provavelmente as mais evidentes, no entanto em Portugal joga-se bem tacticamente e não estamos longe do “saber fazer” bem, resta encontrar-mos o modelo que melhor se adapte aos nossos jogadores, pois muitos deles têm qualidade para jogar entre os melhores.
No que se refere ao andebol, percebe-se facilmente uma diferença na velocidade a que se desenvolve o jogo, não só nas situações de transição mas também nas de ataque posicional, já que as equipas possuem habitualmente dois jogadores por posto especifico de semelhante rendimento, o que permite manter um ritmo de jogo elevado durante mais tempo. Este factor faz com que o número de ataques seja maior e consequentemente o número de golos.
Por outro lado, a maioria das equipas utiliza como sistema defensivo base, o sistema 6:0, tendo como sistema alternativo 5:1 com distintas variantes, são disso exemplo, o Barcelona, o Ademar de Leon, o Cai Aragon, o Portland San Antonio e outras. A excepção é o Ciudad Real que normalmente defende 5:1 com variações de profundidade e pequenos detalhes de funcionamento. Em Portugal verifica-se uma maior utilização do sistema defensivo 5:1 como sistema defensivo base.
Em Portugal observam-se ataques mais prolongados na busca de continuidade e provavelmente finaliza-se mais da 2ª linha. Um factor que potencia esta ocorrência é a interpretação da regra de jogo passivo, já que em Espanha os árbitros não permitem ataques demasiado longos. As possibilidades dos jogadores da 1ª linha também são diferentes.
Referi apenas algumas diferenças, provavelmente as mais evidentes, no entanto em Portugal joga-se bem tacticamente e não estamos longe do “saber fazer” bem, resta encontrar-mos o modelo que melhor se adapte aos nossos jogadores, pois muitos deles têm qualidade para jogar entre os melhores.
3 comentários:
Obrigado Professor. Grande contributo e pela sua simplicidade.
Caro Paulo
Serei certamente mais um a agradecer a sua colaboração e iniciativa, no sentido de juntos darmos uma imagem mais positiva à nossa modalidade.
Relativamente a Espanha e Portugal existem no meu entender diferenças enormes. Já vivi em Espanha 1 ano, e pela experiencia que tenho verifiquei alguns factores interessantes.
Os Espanhóis defendem muito mais o que é seu valorizando mais o seu pais. Talvez por estar dividida por comunidades autónomas, fazendo com que cada comunidade se esforce para ser superior ou melhor que a parceira, fazendo com que seja um país mais competitivo. Na altura debati e rebati muito a ideia forte de muitos catalães que desejavam a independência, mas em certas situações até os compreendia. Os espanhóis são mais abertos, alegres e expressivos, em que é normal saíram mais vezes e simplesmente conviverem com os amigos quase diariamente, comendo uma tapazitas. Nós os Portugas temos a mania de sair do trabalho , ir para casa e ver televisão, se possível ver telenovelas ou futebol.
Esta pequena introdução serve para justificar o que é Espanha no desporto. Para mim um pais que está no mínimo a 30 anos de distancia de Portugal. E vejamos, Espanha foi recentemente campeã mundial em andebol, basquetebol, hóquei patins, e só não é em Futebol porque há sempre qualquer coisa que não funciona bem. No atletismo são sempre uma potencia, no ténis tem os melhores tenistas do mundo, na ginástica, motociclismo, etc. È habitual vermos os nossos melhores atletas de desportos individuais irem viver para Espanha para dai potenciarem os seus resultados, devido a melhores condições de treino e etc.
E nós Portugal vamos tendo um ou outro resultado interessante e fazemos logo uma grande coisa. Ficamos contente com “pouco” enquanto poderíamos certamente ter muito mais, se trabalhássemos de forma mais profissional, séria e acima de tudo ambiciosa. Vejamos o caso do rugby que num mundial que não alcançou o objectivo pretendido, foi no entanto recebida de forma entusiasta em Portugal.
A própria comunicação social em Espanha dá muito ênfase a modalidades que não futebol e é normal vermos nos jornais desportivos por vezes 20-25 paginas destinadas às modalidades “amadoras”. Em Portugal temos normalmente umas 5. E quando corre bem.
Sabemos que falamos de universos diferentes, de realidades distintas, mas acima de tudo temos todos a sensação que em Espanha se trabalha bem, e que em Portugal se podia trabalhar muito melhor, quer pelos agentes da modalidades, quer pelos agentes externos à modalidade mas que ajudam na sua promoção.
Por isso aparecem pessoas como o Paulo que partilham porque aquilo que também defendo à largos anos, mais vale partilhar e ajudar, do que esconder e morrer sozinho…
Abraço
José Fonseca
Olá José Fonseca, agradeço o comentário, e percebo o que diz, no entanto nem tudo é como parece no que respeita à imagem que os Portugueses têm da organização Espanhola. Aqui também há muitas dificuldades, já que neste momento existem na liga Asobal e também na divisão de Honor B várias equipas que não conseguem cumprir os contratos estabelecidos com os seus jogadores. Cuidado que em Portugal também temos muitas coisas boas, sendo verdade que em determinados aspectos temos muito a aprender com nuestros hermanos e se conseguirmos ser menos viscerais que eles, até podemos estar à frente.
Abraço
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