“Sempre houve uma dúvida, ou questão, que me acompanha nestes anos que levo como treinador de formação. Relaciona-se com a idade com que um jovem Atleta poderá ou deverá jogar ao mais alto nível de seniores. E faço esta questão ao Xesco, pois sei que acompanhou de perto, a integração do húngaro Lazlo Nagy no F. C. Barcelona com 19/20 anos, após o Mundial de Juniores que se realizou em Portugal, sabendo eu, que ele não entrou logo na 1ª Equipa Catalã”.
Abraço
José Carlos Rodrigues (Litos)
Esta questão colocada pelo nosso companheiro Litos, por não entrar no âmbito do tema proposto (estrutura do microciclo de competição) não foi enviada ao Xesco Espar, no entanto não creio que a sua opinião possa estar muito distante da minha no que respeita a esta problemática.
As Federações regulam logicamente as idades de participação nas competições e as equipas técnicas dos clubes devem regular a exigência aos atletas em formação. Desta forma, e tendo em conta diferentes factores, como o estado maturacional, nível técnico e táctico, características físicas e psicológicas, os atletas devem ser agrupados por nível de exigência seja dentro do próprio escalão, ou em escalões distintos. Por vezes é difícil assegurar que determinado atleta esteja a ser submetido a uma exigência ideal e necessária conducente a um crescimento sustentado. Se as actividades a desenvolver estiverem articuladas entre os diferentes escalões, a exigência torna-se mais simples de regular. É necessário que haja uma planificação dos diferentes factores que conduzem à formação integral do atleta nos planos físico, técnico e táctico, psicológico e teórico. É muito importante que a planificação tenha previsto o aumento de horas de trabalho com a idade, nem que para isso, os atletas tenham que treinar no mesmo dia em diferentes escalões, até porque sabemos que uma das carências existentes em Portugal é a quantidade de horas de trabalho destinadas ai treino das diferentes capacidades. Sem eliminar etapas, a velocidade a que cada atleta responde ao impacto das cargas, vai determinar a sua posição dentro dos diferentes grupos de trabalho do clube, pelo que, nunca sabemos quando vai chegar ao topo, mas devemos saber qual o caminho a percorrer. É muito importante que todos tenham oportunidade para jogar, por vezes é necessário aumentar o número de grupos de trabalho seja para treinar, seja para competir (se houver condições para isso), equipas satélite são exemplo disso. Finalmente, condições financeiras e a “filosofia” do clube ditarão a operacionalidade da planificação, que deve estar assente em pressupostos baseados na qualidade das actividades propostas.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Pergunta a Xesco Espar fora do tema.
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