sexta-feira, 18 de julho de 2008

Possibilidade de organização táctica para momentos especiais do jogo de andebol: Ataque em Superioridade e Inferioridade Numérica (parte II).

Devemos também notar que quando a defesa se encontra em inferioridade numérica (IN), normalmente assume um comportamento mais agressivo procurando mesmo conquistar a posse de bola com acções sistemáticas e coordenadas de dissuasão e intercepção a atacantes pares e sobretudo ímpares. Deste modo, o facto de os sistemas defensivos adquirirem outra plasticidade com um funcionamento mais activo na sua essência, correndo mais riscos do que em situação de igualdade numérica, pode também contribuir para um resultado do ataque abaixo do normalmente esperado. A maior concentração dos Guarda-Redes também pode contribuir para que a finalização possa estar mais dificultada.

Um estudo de Rocha (2001) tendo como amostra 24 jogos do Campeonato Nacional de Portugal da 1ª Divisão de Seniores Masculinos refere que em SN defensiva, a maioria das equipas altera o sistema defensivo optando por formatos mistos (normalmente o sistema 5+1) e se não o faz, o sistema utilizado adquire normalmente maior profundidade.

Este comportamento defensivo obriga à planificação de diferentes tipos de actividades no sentido de dar uma maior versatilidade ao processo ofensivo, de forma a que os jogadores possam estar preparados para solucionar problemas decorrentes da utilização destes formatos defensivos, que procuram reduzir o tempo de finalização e a recuperação da posse da bola. Actualmente, a evolução do jogo não permite somente conservar a posse de bola até recuperar o jogador ou jogadores excluídos, pelo que é necessário, pelo menos, conseguir igualdade numérica numa determinada zona do campo e condições para finalizar com possibilidades obter golo.

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