Ataque em inferioridade numérica
Como referem Luís e Ignácio Chirosa (1999), se considerarmos que uma equipa tem cerca de 5 exclusões por jogo, isso significa estar em inferioridade numérica perto de 20% do total do tempo de jogo (sempre que o adversário não tenha nenhum jogador excluído). Por esta razão, é razoável pensar que deveríamos então dedicar ao treino cerca de 20% de trabalho destinado a preparar acções ofensivas nesta circunstância.
Vários são os factores que podem condicionar a planificação quanto ao modelo de jogo a seguir, tais como a experiência do treinador ou as características dos jogadores que compõem a equipa, no entanto as opções devem sempre ter como objectivo, conquistar espaços de jogo eficazes e pelo menos uma situação de igualdade numérica em determinado espaço do campo respeitando sistematicamente princípios do jogo como a continuidade, profundidade, amplitude e a mudança de ritmo necessária e muito importante para poder gerar desequilíbrios. Neste cenário, é necessário também contar com factores chave para se atingir um bom resultado como podem ser o tempo de jogo ou o resultado de forma a poder optar por estratégias mais ou menos arriscadas. Por outro lado, o modelo de jogo deve ser construído em função do sistema defensivo a atacar.
Este trabalho não pretende explanar o processo de construção das acções ofensivas relativamente aos factores que a condicionam, mas sim apresentar um conjunto de ideias como resultado final tendo em conta o ataque a sistemas defensivos habituais como são a defesa mista 5+1, o sistema 6:0 ou 5:1.
Ataque a defesa mista 5+1
O primeiro passo para atacar qualquer dos sistemas defensivos referidos será decidir com que sistema ofensivo vamos iniciar, sem ou com jogador pivot; neste caso podemos encontrar diferentes possibilidades, por exemplo um sistema 2:3 (2 laterais 1 pivot e dois extremos) ou um sistema 3:2 (3 primeiras linhas 1 extremo e 1 pivot) como mostra a figura 1.
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