Na defesa a remates de Pivot a distância para o rematador reduz-se, pois o guarda-redes sai da baliza e o rematador salta em direcção a esta, no entanto a recepção da bola pelo Pivot de costas ou perpendicularmente à baliza, dá mais tempo ao guarda-redes de intervir. Aproxima-se do rematador e pode actuar, esperando até que o atacante não possa variar o seu remate ou intuir a trajectória provável desse mesmo remate.
Os autores propõem diferentes tipos de actuação em função da “envolvência” do remate:
· Se o Pivot recebeu a bola de costas, o guarda-redes deve avançar sobre ele para poder “abafar” a bola (Ribeiro, 2002);
· Se o remate é realizado com pressão defensiva o Guarda-redes deve manter-se na linha de baliza (Hecker & Thiel, 1993, Ribeiro, 2002);
· Se o remate é efectuado sem oposição, do lado do braço de remate o Guarda-redes avança 2 ou 3 passos em direcção ao rematador, cobre a baliza com o tronco, braços e perna livre, efectuando posteriormente a defesa, em salto lateral e com impulsão unipedal (Hecker & Thiel, 1993; Ribeiro, 2002).
Na medida do possível, não se situar no centro da baliza, protegendo por um posicionamento ofensivo um dos lados da baliza. Não saltar em direcção ao Pivot mas reagir lateralmente.
Técnica Específica de Remates em penetração:
Partindo da posição base Olson (2003a) refere que o guarda-redes deve realizar um deslocamento frontal em corrida com 2/3 passos amplos, com intenção de fechar o máximo de ângulo possível e surpreender o adversário na sua intervenção. Após avançar deve atrasar o máximo possível a sua intervenção. Se conseguir aproximar-se suficiente do adversário salta para cima para lhe tapar por completo a baliza, caso contrário tenta cobrir o maior ângulo possível. A perna de impulsão deve ser a mais afastada da bola de modo a dirigir e orientar o corpo para ela, enquadrando-se sempre com a bola.
Técnica específica de Remates de Contra-ataque:
O guarda-redes deve organizar a sua defesa de forma activa. Deve-se esforçar por exercer uma grande pressão sobre o rematador. Pode-se fazer por uma reacção defensiva organizada pela utilização consciente de fintas e observação precisa do remate (Hecker & Thiel, 1993). Não saltar em direcção ao rematador, agir lateralmente em direcção a um dos lados, partindo de uma posição estável e esperar sobre a linha de baliza se o rematador é pressionado por um defensor ou parte de uma posição desfavorável.
Apesar de utilizada com alguma frequência, em especial num passado recente, parece não ser muito aconselhável a utilização da defesa em “leque”.
BIBLIOGRAFIA
Antón, J. G. (2000): Balonmano, Perfeccionamento e investigación. INDE (eds), Barcelona.
Antón, J. G. (2002): Balonmano, Táctica Grupal Defensiva. Grupo Editorial Universitário. Granada.
Constantini, D. (s/d): Handball. Eds EPS. Cahiers des Sports. FF Handball.
Czerwinski, J. (1993): El Balonmano, Técnica, Táctica y Entrenamiento. Deporte & Entrenamiento. Paidotribo (eds). Barcelona.
Espar, F. (1998): “El concepto de táctica individual en los deportes colectivos”. In: Apunts, Ed. Física y Deportes. Nº 51. pp. 16-22.
Gallet, B. (1995): “Lexique Handball”. In: Aproches du Handball. F.F.H.B. N. º 26. pp. 11-13.
Greco, P. J. (2002): Caderno do Goleiro de Handebol. Belo Horizonte.
Hecker, S.; Thiel, A. (1993): Handball: Le Gardien de But. Éditions Vigot. Paris.
Hellgren, C. (1992): Une séance d'entrainement pour gardiens de but (la technique suédoise). In: Euro-Hand. pp. 81-89.
Latiskevits, L. A. (1991): Balonmano. Deporte & Entrenamiento, Paidotribo (eds). Barcelona.
Olsson, M. (2000): O treino de guarda-redes. Documentação de apoio ao Iº Colóquio Internacional de Andebol Boavista F.C..
Olsson, M. (2003): Individualisation of Goalkeeper Training. On-line: http:/www.europeanhandball.com/ , Periodical nº 1-2003. Pp. 54-60.
Olsson, M. (2003a): Escola Sueca. In: Andebol Top. Nº 14. pp. 13-16.
Olsson, M. (2004): The cooperation between the goalkeeper and the defence. On-line: http:/www.europeanhandball.com/ , Periodical nº 1-2004. Pp. 53-57.
Pascual, X. ((2004): El lanzamiento de primera línea: claves para el porteo. In: Revista Área de Balonmano, nº 31, Comunicacación técnica nº 233; pp. 1-15.
Ribeiro, M. (2002): O Guarda-redes. In: Andebol Top. Nº 11. pp. 25-32.
Rivière, D. (1989): Hand-Ball, les conseils d'un entraîneur à ses joueurs. Éditions Vigot. Paris.
Sanchéz, F. (2002): Deportes de Equipo: Análisis funcional, evaluación y aprendizaje de la táctica. Master en Alto Rendimiento Deportivo. Madrid
Sousa, R. (1994): Estudo Monográfico do Guarda-Redes - Soren Gottfredsen. Monografia de Licenciatura. FCDEF-UP. Porto.
Spate, D. (1993): L'entraînement du gardien de but. In: World Handball Magazine. IHF. Nº 2/93. pp. 35-42.
Weineck, J. (1986): Manual de Treinamento Esportivo. Editora Manole. São Paulo.
Zeier, U. (1987): O guarda-redes de Andebol. In: Cadernos 7 metros. Nº 3.
Partindo da posição base Olson (2003a) refere que o guarda-redes deve realizar um deslocamento frontal em corrida com 2/3 passos amplos, com intenção de fechar o máximo de ângulo possível e surpreender o adversário na sua intervenção. Após avançar deve atrasar o máximo possível a sua intervenção. Se conseguir aproximar-se suficiente do adversário salta para cima para lhe tapar por completo a baliza, caso contrário tenta cobrir o maior ângulo possível. A perna de impulsão deve ser a mais afastada da bola de modo a dirigir e orientar o corpo para ela, enquadrando-se sempre com a bola.
Técnica específica de Remates de Contra-ataque:
O guarda-redes deve organizar a sua defesa de forma activa. Deve-se esforçar por exercer uma grande pressão sobre o rematador. Pode-se fazer por uma reacção defensiva organizada pela utilização consciente de fintas e observação precisa do remate (Hecker & Thiel, 1993). Não saltar em direcção ao rematador, agir lateralmente em direcção a um dos lados, partindo de uma posição estável e esperar sobre a linha de baliza se o rematador é pressionado por um defensor ou parte de uma posição desfavorável.
Apesar de utilizada com alguma frequência, em especial num passado recente, parece não ser muito aconselhável a utilização da defesa em “leque”.
BIBLIOGRAFIA
Antón, J. G. (2000): Balonmano, Perfeccionamento e investigación. INDE (eds), Barcelona.
Antón, J. G. (2002): Balonmano, Táctica Grupal Defensiva. Grupo Editorial Universitário. Granada.
Constantini, D. (s/d): Handball. Eds EPS. Cahiers des Sports. FF Handball.
Czerwinski, J. (1993): El Balonmano, Técnica, Táctica y Entrenamiento. Deporte & Entrenamiento. Paidotribo (eds). Barcelona.
Espar, F. (1998): “El concepto de táctica individual en los deportes colectivos”. In: Apunts, Ed. Física y Deportes. Nº 51. pp. 16-22.
Gallet, B. (1995): “Lexique Handball”. In: Aproches du Handball. F.F.H.B. N. º 26. pp. 11-13.
Greco, P. J. (2002): Caderno do Goleiro de Handebol. Belo Horizonte.
Hecker, S.; Thiel, A. (1993): Handball: Le Gardien de But. Éditions Vigot. Paris.
Hellgren, C. (1992): Une séance d'entrainement pour gardiens de but (la technique suédoise). In: Euro-Hand. pp. 81-89.
Latiskevits, L. A. (1991): Balonmano. Deporte & Entrenamiento, Paidotribo (eds). Barcelona.
Olsson, M. (2000): O treino de guarda-redes. Documentação de apoio ao Iº Colóquio Internacional de Andebol Boavista F.C..
Olsson, M. (2003): Individualisation of Goalkeeper Training. On-line: http:/www.europeanhandball.com/ , Periodical nº 1-2003. Pp. 54-60.
Olsson, M. (2003a): Escola Sueca. In: Andebol Top. Nº 14. pp. 13-16.
Olsson, M. (2004): The cooperation between the goalkeeper and the defence. On-line: http:/www.europeanhandball.com/ , Periodical nº 1-2004. Pp. 53-57.
Pascual, X. ((2004): El lanzamiento de primera línea: claves para el porteo. In: Revista Área de Balonmano, nº 31, Comunicacación técnica nº 233; pp. 1-15.
Ribeiro, M. (2002): O Guarda-redes. In: Andebol Top. Nº 11. pp. 25-32.
Rivière, D. (1989): Hand-Ball, les conseils d'un entraîneur à ses joueurs. Éditions Vigot. Paris.
Sanchéz, F. (2002): Deportes de Equipo: Análisis funcional, evaluación y aprendizaje de la táctica. Master en Alto Rendimiento Deportivo. Madrid
Sousa, R. (1994): Estudo Monográfico do Guarda-Redes - Soren Gottfredsen. Monografia de Licenciatura. FCDEF-UP. Porto.
Spate, D. (1993): L'entraînement du gardien de but. In: World Handball Magazine. IHF. Nº 2/93. pp. 35-42.
Weineck, J. (1986): Manual de Treinamento Esportivo. Editora Manole. São Paulo.
Zeier, U. (1987): O guarda-redes de Andebol. In: Cadernos 7 metros. Nº 3.
2 comentários:
caro professor, vinha por este meio solicitar-lhe se poderia enviar-me estes documentos que tem apresentado aqui no blog sobre o guarda redes, desde já digo, de exclente qualidade!
Não pretendo plagiar nem nada do que se parece mas sim conseguir ler tudo com mais atenção, talvez para absorver mais um pouco da informação que aqui se encontra visto também ser guarda-redes.
O meu email é j.benedito@hotmail.com
Obrigada, Joana Benedito
Bom dia Prof Paulo Pereira
Estou concluindo o curso de Educação Fisica no BRASIL no estado da PARAIBA, e o tema da minha dissertação é falando sobre o goleiro de handebol. Tenho algumas literaturas mas fala muito pouco a respeito do goleiro, gostaria de saber se tem alguma literatura atual de 2004 até o momento.
Eu tenho o CADERNO do GOLEIRO DE HANDEBOL - Pablo GRECO
obrigado pela atenção aguardo resposta
marconiohand@hotmail.com
J. Marconio
BRASIL
PARAIBA
Enviar um comentário