sábado, 16 de agosto de 2008

O Guarda-Redes de Andebol (Parte VI)


Remates de 1ª linha com oposição em contacto

A melhor cooperação com o guarda-redes é tentar tocar o rematador. Um rematador que esteja ocupado com o defensor, terá menos tempo para preparar o remate e assim terá menos precisão no mesmo (Olsson, 2004).
Este tipo de oposição deve, segundo Antón (2002), ser realizado sempre que o defensor tenha sido ligeiramente ultrapassado no plano lateral, ou seja quando perde a linha de remate, mas tem possibilidade de manter contacto físico com o atacante. Nesta situação este pode exercer uma pressão lateral e contacto com o rematador. Supõe-se que este último terá maior vantagem de remate para lado em que superou o defensor, mas para o lado onde se encontra o defensor exige maior manejo de bola e rotação do tronco. Por essa razão o guarda-redes deverá intervir sobre o ângulo correspondente ao lado de superação do defensor. Assim, para um rematador destro, que supera o defensor para o lado direito, o guarda-redes defende o lado do braço do rematador. Caso o mesmo rematador destro supere o defensor para o lado esquerdo, o seu lado mais fraco, o guarda-redes defende sobre o lado direito, lado contrário ao braço do rematador.

Remates de ponta

Apesar de poucas referências à colaboração no posto específico da ponta, parece ser possível resumir em duas as propostas de colaboração: a) limitar o ângulo de remate, tentar forçar a trajectória do rematador, de forma que este não consiga ganhar nenhum ângulo extra (evitar que este salte em direcção dos 7 metros). Ou seja, diminuir-lhe o ângulo, dando menor espaço de baliza ao rematador e dar-lhe menos tempo de preparação do remate.

Remates de pivot

Nos remates da posição de pivot, é provavelmente do tipo de remates em que o defensor maior intervenção poderá ter nas limitações às trajectórias quer do jogador pivot, quer do próprio remate.
Olsson (2004) salienta que nesta posição o importante é os defensores tentarem cooperar com o guarda-redes na tentativa de limitar o espaço aberto ao pivot, forçando-o a movimentar-se para fora das zonas centrais do campo, obrigando-os assim ao remate em zonas com menor ângulo.
O defensor deve também cooperar tentando defender o lado forte do pivot, tentando forçar o jogador pivot a rematar após rodar para o seu lado “fraco”.
Outra forma de cooperação com o guarda-redes é tentar impedir que o pivot remate de uma posição vertical, ou elevada.

Remates de Contra-ataque

Nas situações de contra-ataque a colaboração entre o guarda – redes e os defensores é muito difícil, devido às dificuldades que muitas vezes os defensores apresentam em acompanhar os atacantes. Apesar de mais limitada, no entanto, pode o defensor “obrigar” o atacante a recorrer a trajectórias mais laterais, impedindo-o de rematar na zona central e assim dar maiores possibilidades de êxito ao guarda-redes.

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