segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O Guarda-Redes de Andebol (Parte VII)



Em jogo o guarda-redes também efectua acções ofensivas em particular o passe para o ataque, que se torna cada vez mais importante no contexto do andebol actual. O desempenho ofensivo do guarda-redes inicia-se logo a seguir a uma defesa, remate fora ou após uma intercepção de um contra-ataque adversário, neste momento é o primeiro atacante e o êxito do contra-ataque depende em grande parte da sua rapidez, da sua precisão e economia de tempo.
Um dos importantes papéis do guarda-redes de andebol resulta do facto de, na maioria das vezes, ser o primeiro elemento da equipa a iniciar o ataque rápido. Logo, passa pelo guarda-redes a decisão de realizar o contra-ataque directo, o ataque rápido ou atrasar o início do ataque.

Técnica Específica de 1ª linha:
Nos remates de 1ª linha é fundamental colocar todo o corpo na trajectória da bola (Hecker & Thiel, 1993), deslocando o centro de gravidade lateralmente.
Olson (2003a) destacou alguns movimentos fundamentais nesta acção:
· Adopção de uma posição ligeiramente encurvada, realizando a partir daí uma impulsão com a perna mais afastada da bola;
· Esta impulsão é diagonal (lateral + frontal);
· A perna livre ajuda, caso seja necessário, parar a bola;
· Produz-se uma transição lateral do centro de gravidade;
· O guarda-redes oferece o máximo de superfície corporal ao remate.

Remates a zonas superiores da baliza:
Nos remates aos ângulos, impulsão com perna do lado contrário à da trajectória da bola, a perna mais próxima da bola balança, flectindo o joelho e levando-a lateralmente para cima
O centro de gravidade desloca-se lateralmente, inclinando o tronco para o lado do remate. O corpo deverá deslocar-se nas diagonais da baliza e todo o corpo deverá estar comprometido no movimento de defesa. A defesa realiza-se em equilíbrio (Hecker & Thiel, 1993; Oliveira, 1996). Contudo Hellgreen (1992), propõe também como técnica adequada a queda após defesa, pois com este tipo de movimento o guarda-redes poderá ocupar com o corpo todo o espaço do lado da baliza para onde provavelmente se dirige o remate.
Utiliza-se uma ou duas mãos na acção de defesa, privilegiando a utilização das duas mãos a fim de parar a bola, pois permite uma maior cobertura da superfície da baliza, obriga a uma flexão do tronco e faz com que todo o corpo fique atrás da bola. Os dois braços orientam-se para a bola estendidos obliquamente, com as mãos no seu prolongamento, podendo a que se encontra mais acima, estar ligeiramente orientada para o solo (Olson, 2003a).

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