segunda-feira, 2 de março de 2009

Consulta a Carlos Resende - Perguntas 7 e 8

7ª Pergunta: Outra questão de ataque, mas que não tem a ver propriamente com o modelo de jogo, mas que não posso deixar de colocar a quem foi considerado o melhor lateral esquerdo do Europeu Croácia 2000: O que diz a um jogador (especialmente da formação) que acabou de não marcar golo (nomeadamente, remates de 1ª linha e cobrança de livres de 7 metros)?Muito obrigado pela atenção dada a esta minha mensagem.
Jorge Almeida

Resposta: Cada situação e atleta merecem ser tratados como merecem (passe o pleonasmo), ou seja, de forma diferente. Há uma verdade “Não nos retirem o direito de poder errar”, contudo, deveremos aprender com os erros e analisar instantaneamente as situações de insucesso para que no mesmo jogo possamos experimentar o sucesso!

8ª Pergunta: Nós treinadores temos a nossa filosofia de jogo, dizendo por outras palavras um “modelo de jogo”, gostaria de saber qual a sua concepção de jogo, e de que forma essa concepção influencia o seu sistema de jogo, de acordo com a equipa que irá jogar!

Resposta: O meu modelo de jogo é algo que eu acredito profundamente, e tento transportá-lo para a equipa desde o primeiro treino.
Eu acredito numa defesa muito sólida com uma postura muito pró-activa, ou seja, não esperar pelo erro do adversário, mas antes provocá-lo, ou ainda “atacar” o atacante. Um contra ataque em duas fases o directo, com a participação de um ou dois jogadores e o apoiado com os restantes. Acredito, também, que qualquer das fases de jogo tem que ser bem trabalhadas e alvo de sistematização pela equipa. Apenas é possível efectuar bem quando não possuímos alguma mestria a executá-lo, e, para isso é fundamental dar trabalho e muitas repetições, corrigindo e incentivando quando necessário.
Relativamente ao adversário poderemos abdicar ou acentuar as nossas preocupações ou requisitos em determinados aspectos em detrimento de outros. No fundo, as preocupações estratégicas de jogo a jogo.

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