domingo, 27 de julho de 2008

Possibilidade de organização táctica para momentos especiais do jogo de andebol: Ataque em Superioridade e Inferioridade Numérica (parte IX).


Ataque a defesa 5:1

O sistema defensivo 5:1 apresenta menos espaço entre linhas defensivas que o diferenciam do caso anterior (5+1) definindo-o como um sistema mais fechado, no entanto, a sua estrutura pode ter também características de funcionamento activo procurando a conquista da bola e a diminuição do tempo de finalização do ataque.


Fig.9 – Circulação do EE seguido de cruzamento duplo na 1ª linha ofensiva.


O exemplo proposto na figura 9 mostra uma circulação de extremo (que pode ser um jogador pivot), seguida de um movimento na 1ª linha ofensiva. Esta simultaneidade de movimentos tem como objectivo fundamental, gerar erros nas trocas de marcação ao mesmo tempo que procura aplanar a defesa para possível finalização da 1ª linha ofensiva durante o desenvolvimento do cruzamento duplo. Existem muitos detalhes de execução do movimento, de forma a maximizar os problemas colocados à defesa, sendo para isso importante conhecer o comportamento dos defensores. Se o defensor avançado actuar com pouca profundidade, o LD pode cruzar com o LE, proporcionando-lhe um ecrã (aplana o defensor avançado e reposiciona posteriormente a LE). Como podemos perceber pela observação da fig.10, é possível com o movimento conseguir uma relação temporária de igualdade à direita. Se o LE não encontra possibilidades de finalização, deve continuar com passe para a direita ou para o EE, agora a actuar como jogador pivot.



Fig.10 – Igualdade numérica temporária


À imagem do exemplo anterior, de ataque em IN contra 5+1, será necessário ter um sistema de continuidade que permita seguir em jogo integrando acções de forma sequencial com o objectivo de produzir desequilíbrios e prolongar o ataque evitando a sanção por jogo passivo. O primeiro movimento, implica que os jogadores da 1ª linha ofensiva saibam jogar noutras zonas que não a que habitualmente lhes está destinada. Se não se conseguiu finalizar, o LD reposiciona na posição de LE, o Central está agora na posição do LD que está ao centro. Se não quisermos ter nunca o LD na posição de LE, deveremos optar por iniciar o movimento pelo ED, pois desta forma, o sistema de continuidade inicia com o central na posição do LE (agora a LD), e o LD ao centro. Cabe ao treinador planificar as actividades em função das necessidades da equipa.

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