Mourinho diz:
“As minhas preocupações diárias são dirigidas para a operacionalização do nosso modelo de jogo. Contudo, a estruturação da sessão do treino e do que fazer em cada dia não está apenas relacionada com objectivos tácticos, mas também com o regime físico a privilegiar, na medida em que tenho de ter em conta, por exemplo, os aspectos da recuperação, nomeadamente no que diz respeito à proximidade ou não do jogo anterior e do próximo. Portanto, num determinado dia o trabalho táctico-técnico incide mais sobre a recuperação do último jogo, noutro dia sobre aquilo a que eu para simplificar chamo força técnica, e assim sucessivamente.”
Oliveira, Amieiro, Resende e Barreto dizem:
“Há que ter a noção de que, para se poder progredir, é também preciso ordenar, hierarquizar. Isso é que leva ao operacionalizar! Mas, atenção, não é a convencional progressão do geral para o específico, do volume para a intensidade, do aeróbio para o anaeróbio. É uma progressão que diz respeito à hierarquização dos princípios de jogo, por um lado, e àquela que acontece com a diferenciação do esforçar ao longo da semana por outro. Estamos portanto a falar de uma progressão como pano de fundo da aquisição de jogar e ela acontece, pelo menos, a três níveis: ao longo da época, ao longo da semana – em função do que foi o jogo anterior e o que será o próximo – e ao longo de cada unidade de treino. É pois uma progressão complexa, onde cada um dos níveis tem a ver com os demais.”
Mourinho diz:
“Logo a partir do segundo microciclo semanal da época, e estou a falar do período ao qual convencionalmente chamamos de período pré-competitivo, os microciclos são basicamente iguais até ao final da época. Quer ao nível dos princípios e objectivos de trabalho, quer em termos físicos. Só ao nível da dominante táctico-técnica é que vou fazendo alterações nos conteúdos a potenciar, em função das dificuldades sentidas no jogo anterior e daquilo que vai ser o próximo. Mas, falando da dimensão física, que é aquela que está mais associada à periodização convencional, os objectivos são os mesmos desde o segundo microciclo até ao último. O primeiro microciclo é de adaptação, em que eu procuro fazer uma readaptação ao esforço não mais do que isso.
Nessa primeira semana não procuro qualquer incremento a esse nível, mas simplesmente que eles se adaptem aquilo que é a especificidade do jogo. A partir da segunda são ciclos semanais que se repetem. Portanto, só utilizo microciclos semanais. Aquelas que são as minhas linhas mestras em termos de padrão semanal ao nível da dominante física são iguais tanto no mês de Julho como no mês de Abril do ano seguinte.”
Oliveira, Amieiro, Resende e Barreto dizem:
“Com jogo domingo a domingo, Mourinho tem permanentemente três dias em que procura, de uma forma mais incisiva o crescimento dos desempenhos da equipa – a quarta, a quinta e a sexta-feira – sem que possa alienar o que o jogo anterior lhe trouxe e o que tem de salvaguardar por não saber o que o seguinte lhe vai trazer.”
É nestes três dias que a lado aquisitivo do treinar está mais presente, em que o desenvolvimento das capacidades condicionais estão mais presentes, mas sempre com a supradimensão do táctico como motor.
“As minhas preocupações diárias são dirigidas para a operacionalização do nosso modelo de jogo. Contudo, a estruturação da sessão do treino e do que fazer em cada dia não está apenas relacionada com objectivos tácticos, mas também com o regime físico a privilegiar, na medida em que tenho de ter em conta, por exemplo, os aspectos da recuperação, nomeadamente no que diz respeito à proximidade ou não do jogo anterior e do próximo. Portanto, num determinado dia o trabalho táctico-técnico incide mais sobre a recuperação do último jogo, noutro dia sobre aquilo a que eu para simplificar chamo força técnica, e assim sucessivamente.”
Oliveira, Amieiro, Resende e Barreto dizem:
“Há que ter a noção de que, para se poder progredir, é também preciso ordenar, hierarquizar. Isso é que leva ao operacionalizar! Mas, atenção, não é a convencional progressão do geral para o específico, do volume para a intensidade, do aeróbio para o anaeróbio. É uma progressão que diz respeito à hierarquização dos princípios de jogo, por um lado, e àquela que acontece com a diferenciação do esforçar ao longo da semana por outro. Estamos portanto a falar de uma progressão como pano de fundo da aquisição de jogar e ela acontece, pelo menos, a três níveis: ao longo da época, ao longo da semana – em função do que foi o jogo anterior e o que será o próximo – e ao longo de cada unidade de treino. É pois uma progressão complexa, onde cada um dos níveis tem a ver com os demais.”
Mourinho diz:
“Logo a partir do segundo microciclo semanal da época, e estou a falar do período ao qual convencionalmente chamamos de período pré-competitivo, os microciclos são basicamente iguais até ao final da época. Quer ao nível dos princípios e objectivos de trabalho, quer em termos físicos. Só ao nível da dominante táctico-técnica é que vou fazendo alterações nos conteúdos a potenciar, em função das dificuldades sentidas no jogo anterior e daquilo que vai ser o próximo. Mas, falando da dimensão física, que é aquela que está mais associada à periodização convencional, os objectivos são os mesmos desde o segundo microciclo até ao último. O primeiro microciclo é de adaptação, em que eu procuro fazer uma readaptação ao esforço não mais do que isso.
Nessa primeira semana não procuro qualquer incremento a esse nível, mas simplesmente que eles se adaptem aquilo que é a especificidade do jogo. A partir da segunda são ciclos semanais que se repetem. Portanto, só utilizo microciclos semanais. Aquelas que são as minhas linhas mestras em termos de padrão semanal ao nível da dominante física são iguais tanto no mês de Julho como no mês de Abril do ano seguinte.”
Oliveira, Amieiro, Resende e Barreto dizem:
“Com jogo domingo a domingo, Mourinho tem permanentemente três dias em que procura, de uma forma mais incisiva o crescimento dos desempenhos da equipa – a quarta, a quinta e a sexta-feira – sem que possa alienar o que o jogo anterior lhe trouxe e o que tem de salvaguardar por não saber o que o seguinte lhe vai trazer.”
É nestes três dias que a lado aquisitivo do treinar está mais presente, em que o desenvolvimento das capacidades condicionais estão mais presentes, mas sempre com a supradimensão do táctico como motor.
1 comentário:
deixo o meu contributo, para um tema no qual tenho pensado
a meu ver, não é dificil sentir-mo-nos tentados a utilizar fórmulas de sucesso, quando elas nos entram "pelos olhos dentro". falo claro do sucesso e ao mesmo tempo da curiosidade que mourinho nos suscita.
a periodização táctica, conceito explorado pelo prof. vitor frade, foi construída essencialmente pensando no futebol e nas suas especificidades.
do meu ponto de vista, se descontextualizar-mos a periodizaçao táctica (se não falarmos nela como conceito ligado ao futebol) podemos ficar tentados a trazê-la para a nossa modalidade - é perfeitamente viável pensarmos num treino-tipo sem execercicios especificamente virados para uma vertente de desenvolvimento de uma dada capacidade fisica, ou seja, de uma forma simplificada:construir exercícios, que não retirem os atletas do contexto do jogo de andebol (os famosos treinos sempre com bola de mourinho).
no futebol, esta é uma das fórmulas que têm vindo a ser mais exploradas e pelos vistos o mundo do andebol começa a ponderá-la.
a meu ver, pode ser uma forma interessante, se assentar bem, em principios e modelos bem definidos, mas, em minha opinião, e sublinho, em MINHA opinião não é esta a metedologia mais indicada para preparar os atletas para as especificidades da nossa modalidade.
para finalizar lembro que, em alto rendimento, não fórmulas boas nem más. há as fórmulas que ganham e as que perdem. e as melhores, logo que dentro dos limites da verdade desportiva, são as que ganham.
RC
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